A professora numa sala de escola estadual , onde haviam crianças de todas as classes sociais, ensinava o uso da expressão “é óbvio”.
Explicou, explicou, e então começou a pedir que os alunos dessem exemplos em voz alta para a classe:
Primeiro, Albert, menino rico da classe alta deu seu exemplo:
— Hoje, quando acordei, olhei para o estacionamento, e vi que apenas a BMW estava estacionada… então, “é óbvio” que papai foi trabalhar com a Ferrari…
Depois, foi a vez de Carlinhos, menino de classe media da cidade:
— Hoje na hora do almoço, vi que tinha apenas um ovo na frigideira, pensei:
“É óbvio” que todo mundo já almoçou, só sobrou meu ovo…
Então, pra terminar, Joãozinho, que morava na favela, deu seu exemplo:
— Ontem de noite, depois que minha mãe acabo de cumê os bagaço das laranja que sobrô do almoço, ela pegô o jornal e foi pro banheiro.
Aí eu pensei cumigo:
“É óbvio” que ela vai cagá, ela num sabe lê.